O boto-cinza ou tucuxi (Sotalia fluviatilis, da família Delphinidae) é dividido geralmente em duas subespécies: uma marinha e outra fluvial. A marinha, S. f. guianensis, distribui-se no Atlântico, a partir de Laguna (em Santa Catarina, no Brasil) para o norte. A aquática, S. f. fluviatilis, vive nos rios da Amazônia.
Phocoena spinipinnis, da família Phocoenidae, é marinho e vive a partir de Santa Catarina para o sul.
O boto-vermelho ou boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), da família Platastanidae, de água doce, é endêmico dos rios da Amazônia, e está colocado na categoria "vulnerável" da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.
Também vulnerável (ameaçado no Brasil) é o golfinho-do-rio-da-prata (Pontoporia blainvillei, Platastanidae), marinho, que vive do Espírito Santo para o sul.
Diz a lenda amazônica que o boto pode se transformar e ir às festas da região na forma de um homem bonito e forte, vestido de branco, bronzeado e muito perfumado, que convida as moças para dançar e depois as seduz. Mas o boto nunca tira o chapéu para esconder seu segredo: um buraco na cabeça por onde ele respira. Ele também toma muito cuidado para ir embora das festas antes do amanhecer.
Por isso, toda donzela era alertada por suas mães para tomarem cuidado com flertes que recebiam de belos rapazes em bailes ou festas. Por detrás deles, poderia estar a figura do boto, um conquistador de corações, que pode engravidá-las e abandoná-las.
A lenda serve como pretexto para moças justificarem a gravidez sem casamento. "Foi o boto", dizem.
Há um filme no Brasil que fala sobre a lenda do boto: Ele, o boto.